quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Vinicunca - Montanha Colorida do Peru





Olá pessoal, como vocês estão? Espero que estejam gostando da série de postagens sobre o Peru.

Um dos pontos turísticos mais visitados do Peru é Vinicunca, popularmente conhecida como Montanha Colorida ou Montana de Colores. Para chegar até o topo é necessário algumas horas de caminhada e muito controle de respiração. Isso porque a montanha fica a mais de 5000 m de altura.

Saímos do hotel as 4h da manhã de luva, touca, 3 blusas, 2 calças e tênis confortáveis com a temperatura a 3°C. Entramos no ônibus e fizemos uma viagem de 2h mais ou menos até um vilarejo onde fizemos nosso desjejum. Nos foi oferecido suco, pão caseiro com geleia e um espécie de leite com quinoa. Não consegui experimenta o leite, mas quem tomou conseguiu fazer o percurso todo a pé sem reclamar, então #ficaadica!

Seguimos viagem por mais umas 2h mais ou menos até chegar a Vinicunca. Posso dizer que foi a viagem mais emocionante da minha vida! Nunca tinha visto uma paisagem tão maravilhosa e ao mesmo tempo tão perigosa. Tentei tirar fotos para mostrar para todo mundo que eu poderia ter participado do programa Estradas Mortais, mas as fotos não conseguem retratar a sensação de andar dentro de um ônibus por um precipício. O vídeo mostra um pedacinho do caminho.



Enfim, com o coração na mão chegamos a base da montanha, ufa!

Antes de subir, fizemos um círculo para pedir permissão aos espíritos da montanha para poder subir em paz e agradecer pela oportunidade. Adoro essas crenças!

A subida pode ser feita a pé com o auxílio de um bastão de caminhada, é bom checar com seu guia se ele está levando bastões, se ele não estiver, vale muito a pena providenciar um. Perto do hotel tinha um lugar que vendia coisas para trilha e algumas pessoas compraram uns bastões bem legis lá, mas o nosso guia levou bastões para todo mundo.

Ou, você pode subir a cavalo, não lembro exatamente, mas creio que custava em torno de 100 soles. Mas, não se engane, não vá pensando que o cavalo te leva até o topo, ele leva sim por uma boa parte do caminho e um pouco mais rápido, mas em algumas partes mais íngremes e quando chega mais perto do topo cada sobe por conta própria.

Fomos a pé mesmo, foi uma caminhada de 4h aproximadamente. A maior parte é bem tranquilo, mas quando vai chegando mais próximo fica bem íngreme e as pernas começam a cansar. A respiração vai ficando difícil a cada km, mas eu garanto que valeu tanto a pena que quando você começa a enxergar a montanha tudo passa.

O caminho é bem interessante, na parte da manhã conseguimos ver o topo dos picos nevados branquinhos, enormes, coisa mais linda! Na volta percebemos que boa parte do gelo já havia derretido. Passamos por pequenos rios, lhamas, campos com flores, gramados, tudo impossível de descrever em palavras. A sensação é tão boa, uma energia leve, gostosa, sabe?





Quando a respiração ficava difícil o guia estendia uma folha de coca para que fossemos mastigando, aliviava bastante.

Caso você resolva ir a pé e no meio do caminho se arrependa, alguns cavaleiros ficam oferecendo o serviço do cavalo por preços mais baratos, então não se desespere!

Ah! E pelo caminho tem alguns banheiros improvisados, muito improvisados, eu diria, mas que quebraram um galhão! Leve papel higiênico!

Após 4h de caminhada e subida olhar para o horizonte parece um sonho. É muito difícil descreve a grandiosidade do lugar.



Você ainda pode subir até o topo mesmo. Eu tentei, mas o vento é bem difícil de aguentar e a respiração já estava bem debilitada. Sem crise, dei meu melhor, e para mim, isso que importa. Consegui ver a montanha linda em suas cores e tamanho. Consegui ver 3 lindos picos nevados e sentir a energia que eles emanavam. Valeu a pena demais!

Bom, a descida, obvio, é mil vezes mais fácil. Fizemos em 2h30 de caminhada. Saindo de lá fomos almoçar as 16h!! Outra dica importante é levar comida leve e água, muita água!

Espero que tenham gostado e esclarecido algumas dúvidas! Minha última dica é: se der medo vai com medo mesmo porque vale muito a pena cada segundo e cada perrengue! ;)

domingo, 4 de novembro de 2018

Machu Picchu





Machu Picchu

Ainda sem acreditar que eu conheci esse lugar tão maravilhoso, lindo e com uma senhora good vibes!

Como disse na postagem anterior ficamos hospedados em Águas Calientes, porque não é possível ir e voltar da cidade no mesmo dia. A única forma de chegar a cidade de Machu Picchu é de trem, não se pode entrar de carro na cidade. Tem alguns veículos na cidade, mas eles andam apenas lá pela cidade. Como eles chegaram até lá então, Aline? Não faço a menor ideia =)

Para chegar em Machu Picchu, o parque, existem duas maneiras. A primeira é pegar um ônibus. Você pode comprar a passagem nos guichês da própria estação, ai é só esperar na fila e partir. Os ônibus são bem acabadinhos e fedidinhos, afinal eles sobrem e descem aquela serra o dia inteiro, todos os dias, então sabe como é. Mas quando você voltar do passeio não vai estar em melhor situação que os ônibus hahaha (sinceridade!).

A outra maneira é subir a pé mesmo, de ônibus leva uns 25 minutos, a pé cerca de 1h30. Tem as trilhas e é só ir seguindo, não tem erro. Muita gente vai a pé, mas estávamos em grupo bem grande, então resolvemos (na ida) que voltaríamos a pé, porém, faltou perna. O passeio é longo e cansativo, então tem que estar em boa forma. Acredito que a altitude seja um pouco castigante também, apesar de que Águas Calientes esta a 2040m e Machu Picchu a 2430m do nível do mar. Menos do que Cusco, que esta a cerca de 3000m.

Para entrar em Machu Picchu também é necessário ter um ticket, que pode ser comprado pelo site com antecedência. Recomendo que compre antes de ir, pois tem uma quantidade limitada de pessoas para entrar por dia. Se deixar para comprar lá, pode ser que sua ida seja em vão. Você pode comprar o ingresso em Águas Calientes também no guichê do terminal.

Existem 3 tipos de ingressos. O ingresso que você visita somente o parque, o ingresso que você visita o parque + sobe Huayna Picchu e, o ingresso que você visita o parque + sobe Machu Picchu.
Eu aconselho subir uma das duas montanhas, eu não subi e me arrependi. Volto lá um dia para subir as duas. O que muita gente se engana é que na foto clássica de Machu Picchu na verdade a montanha que esta atrás é Huayna Picchu. A montanha Machu Picchu fica de frente pra ela, dá para ver durante o passeio.

O caminho para chegar em Machu Picchu é a coisa mais linda, a paisagem é maravilhosa!

Ao chegar, aconselho ir ao banheiro, custa 2 soles, mas depois durante o passeio não tem mais banheiro, então, melhor garantir. =)

Uma outra dica importante é ir com um guia, ele vai explicar toda a história, como foi construído, as teorias, como foi descoberto, é muito interessante e misterioso ao mesmo tempo.



Quando a cidade foi descoberta estava tudo coberto por vegetação, então os descobridores atearam fogo em tudo, então muita coisa foi perdida, ficam intactas apenas as rochas milimétricamente esculpidas e encaixadas. Os telhados eram feitos de palha, então você anda apenas pelas paredes e imagina como seria aquilo tudo com telhadinho de palha. É uma viagem no tempo.



Todos os dias muitos trabalhadores limpam e fazem a manutenção do parque, porque senão tudo volta a ser coberto por vegetação novamente.



Entrando no parque é necessário subir uma escadaria, dali já dá pra ter uma noção da grandiosidade do lugar, a vista lá de cima é extraordinária, sem comparação com nada que eu já vi na vida.

A visita do sítio arqueológico dura um bom tempo, levamos um lanche, água, repelente e protetor solar.

Antes de ir embora, não esqueça de passar em uma mesinha perto da entrada e carimbar seu passaporte com o carimbo de Machu Picchu. É uma linda recordação!!!

Para voltar a Águas Calientes é só esperar o ônibus na fila e partir. A fila é grande mas não costuma demorar.

Voltamos de trem para Cusco, pois tínhamos outros passeios para fazer. Dentro do trem, depois de servir o lanche os próprios garçons fazem um desfile de roupas e acessórios feitos com pelo de alpaca. Os itens são muito lindos, tem um toque muito macio, porém tem o precinho um pouco elevado. Você vai encontrar peças idênticas e mais baratas na feira de artesanato, mas vai perceber que a qualidade é inferior. A volta foi bem dinâmica e engraçada!

Espero que tenha esclarecido algumas dúvidas! Deixe seu comentário e aguarde que teremos mais postagens falando sobre este lugar maravilhoso que é o Peru.

sábado, 3 de novembro de 2018

Águas Calientes, como chegar?


Viagem de Trem e Águas Calientes

Saímos do Brasil com as passagens de trem compradas. Porém, é possível comprar as passagens pelo site Peru Rail ou Inca Rail. Estes são os dois trens que levam para Águas Calientes, a cidade onde fica Machu Picchu. Nós viajamos com o Peru Rain no Train Expedition. O trem é bem confortável, em cada mesinha cabem 4 pessoas, as janelas são bem amplas e dá pra ver toda a paisagem. Recebemos um café durante a viagem, uma bebida (chá, café, refrigerante, suco e água) e um lanche, tinha algumas opções.

Você pode tomar o trem em 2 estações, a de Ollantaytambo ou Poroy. Fomos de ônibus até Poroy e depois tomamos o trem, a viagem demorou cerca de 1h30.

Em Águas Calientes ficamos no Hotel Ferré Machu Picchu, é um hotel muito bom, porém simples. Passamos apenas 2 noites lá. Acho que o maior problema que enfrentamos foram os mosquitos. Nossa janela ficava bem voltada para o rio e tinha uma frestinha aberta, quando voltamos a noite o quarto estava cheio de mosquitos, muito cheio. Dormimos com repelente e cobertos para evitar as picadas. Sobrevivemos! Ah, e o chuveiro demora 20 minutos para esquentar.



Águas Calientes é uma cidade muito pequena, então nada é muito luxuoso, tudo é muito simples e rústico. Mas, vale muito a pena conhecer! A cidade tem este nome pois possui piscina de águas quentes. As piscinas são abertas ao público. Se for turista paga 10 ou 20 soles para entrar. Vale levar uma roupinha de banho. O lugar tem piscinas com várias temperaturas, as águas são um pouco amareladas devido aos minerais, mas são limpas. Os moradores dizem que as águas quentes são boas para curar doenças e dores no corpo. Para chegar as piscinas é só seguir as placas próximas a feira de artesanato, pegar um subidinha considerável por uns 20 minutos. Em Águas Calientes não entra carro, então tem que fazer tudo a pé mesmo. =)



A cidade possui muitos lugares para tirar fotos, tanto durante o dia, quanto durante a noite. Tem vários restaurantes e uma feira muito grande de artesanato, muito grande mesmo. O artesanato local é um pouco diferente do artesanato de Cusco, por isso vale conferir.

Para ir até Machu Picchu temos que pegar um ônibus, durante a subida fomos observando a estrada e descobrimos que existia um museu e um borboletário. Como teríamos meio período livre fomos visitar. Gente, que coisa mais linda! Lá no borboletário dá para ver todas as fases da vida da borboleta e tem um jardim muito lindo para tirar várias fotos.





Seguindo o mesmo caminho por uns 20 minutos chegamos ao museu Manuel Chavez Ballon. É um museu interessante, mas não muito grande. Aqui em casa nós gostamos de museus então valeu a pena o passeio. Ao lado do museu tem um jardim com muitas espécies de plantas da região.



Uma dica é levar uma capinha de chuva na mochila, infelizmente o clima muda muito repentinamente e do nada começa a chover. É bom estar prevenido!

Espero que tenham gostado de mais uma postagem sobre o Peru, este lugar incrível!

Sítios arqueológicos no Peru


Sítios Arqueológicos

Fizemos um city tour que levou a gente pelos principais sítios arqueológicos e povoados de Cusco. E valeu muito a pena!

Visitamos Ollantaytambo, Chichero, Urubamba entre outros.

É difícil dizer em palavras a sensação que é estar nestes lugares. Saber a quantidade de fatos e pessoas que passaram por ali, é sensacional. É uma energia indescritível.

A maior parte dos sítios arqueológicos era destinada a agricultura, porém, é muito mais proveitoso ir acompanhado de um guia para conhecer os sítios, senão, infelizmente, não passarão de ruínas.

Vou colocar algumas fotos dos lugares aqui, tem que ter muita disposição para visitar, alguns são bem longos e outros são bem íngremes, mas nenhum perde o encanto. Vale a pena conhecer cada um deles e saber sobre sua história. Como visitamos os sítios no city tour, então íamos de ônibus até próximo dos lugares e descíamos para fazer a visitação, tínhamos um cartãozinho que era carimbado ou furado conforme íamos entrando no sítios. Tudo é muito conservado apesar dos anos, muito limpo e em todos os lugares tem pessoas vendendo artesanato e comida. Vale checar o artesanato nas entradas dos sítios, as vezes tem preços melhores e são diferentes dos que estão próximos ao hotel.

Está é a vista de Ollantaytambo vista do povoado, chegamos de ônibus até bem próximo deste local. É muito interessante ver o contraste entre as casas das pessoas e o sítio arqueológico. Da pra ver com muita clareza a grandiosidade do lugar.


Nestas fotos da pra ver vem certinho os degraus que eram utilizados na agricultura. Eles são bem altos e do lado tem uma escadaria. Dizem que o povo inca era baixo então não poderiam ser degraus tão altos para subir. O mais interessante é tentar entender como eles levaram tantas pedras lá pra cima e como eles conseguiam cortar as pedras com tanta precisão.

Está é uma parte da escada que subimos. Íamos parando entre uma parte e outra, pois é uma caminhada bem pesada. A dica que eu dou é levar água e um boné, não tem lugar para se esconder na sombra, o sol castiga bastante e a caminhada e longa.


 A vista lá de cima é bem gratificante! Da pra ver a cidade toda.


Como sempre os peruanos vem rostos em tudo. Você consegue enxergar um rosto nesta montanha? Pra mim é bem claro! Mistérios do Peru!

Passamos também pelo povoado de Chichero. Lá nos foi explicado como eles tingem a lã das ovelhas e alpacas. Eles disseram que não podem dar banho nos animais, pois como o clima é frio eles morreriam congelados! Por isso não se importe com o pelo sujinho dos bichinhos.

Depois que eles retiram a lã, aí sim é lavada e tingida. E sim, é tingida com plantas, pedras, tudo muito natural. E depois para ficar a cor eles usam xixi. Isso mesmo, xixi.

Depois tem todo um processo para transformar a lã em fio para que possa ser tecido. Eu achei sensacional! É um trabalho manual que deve ser muito valorizado.




Passamos por Urubamba também, só mirante pudemos ver a cidade e o Rio Urubamba.



Obrigada por ler está publicado até o fim, ainda temos muita coisa para falar sobre o Peru. Deixe seu comentário se surgir alguma dúvida!

Instagram: @linecuti